segunda-feira, 27 de setembro de 2010

54 - Torneio de sueca na A.S.C.Paradense


Com começo em 12 de Outubro, vai realizar-se mais um torneio de sueca na A.S.C.Paradense. Junto segue o cartaz informativo sobre a realização do mesmo:

                (CLICA SOBRE O CARTAZ PARA ZOOM)


quinta-feira, 23 de setembro de 2010

53 - Limpeza do rio de Tornada


-O rio de Tornada, atravessa a freguesia do mesmo nome, indo desaguar na baía de S.Martinho.
-Na passagem pela freguesia é considerada uma ferramenta essencial para os muitos agricultores que amanham as terras duma extensa várzea, onde cada um cultiva o que entende ser o melhor para os seus sacrifícios de agricultor. Desde pomares de pêra, maçã, pêssego, até ás horticolas e outros, a água é um bem essencial para que tudo possa ter vida.
-Como se pode ver na primeira foto, o mato, as canas e os salgueiros, tinham tomado conta do leito do rio, bastando umas pequenas chuvas para a água transbordar e afectar as culturas ali existentes.
-Em boa hora a Junta de Freguesia de Tornada (?) (tenho informação que sim), tomou à sua responsabilidade a limpeza deste rio e como se pode ver pelas imagens só por uma catástrofe as motas do mesmo irão ser alagadas, tal o trabalho ali desenvolvido. Informo que esta limpeza aconteceu entre a ponte que serve a estrada que liga a Alfeizerão e a ponte que serve a saída para S.Domingos, numa extensão aí de uns três kilómetros (?...) 

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

52 - Novas instalações do Paradense comemoram 1º aniverssário

 Notícia da Gazeta das Caldas online:

-NOVAS INSTALAÇÕES DA ASSOCIAÇÃO PARADENSE CELEBRARAM UM ANO DE EXISTÊNCIA:

A Associação Social e Cultural Paradense (ASCP) celebrou no dia 5 de Setembro o primeiro aniversário das novas instalações.
Na comemoração estiveram presentes os 33 colaboradores, as 110 crianças da instituição e perto de 30 idosos que frequentam o centro de dia e centro de convívio.
As instalações inauguradas há um ano permitiram que continuasse a funcionar naquele espaço a Educação Pré-Escolar, ATL, Serviço de Apoio Domiciliário e Centro de Convívio com condições melhoradas e fosse aberta a creche, com capacidade para 30 crianças e o Centro de Dia.
Vanessa Sobreiro, directora técnica da Associação, refere que “o balanço deste primeiro ano de funcionamento foi muito positivo e todas as respostas sociais tiveram sempre com a lotação esgotada, com excepção do centro de dia que ainda não está totalmente completo”.
Para o futuro, Vanessa Sobreiro conta que “ambicionamos vir a ser uma instituição de referência, não só na área da infância, que cremos já o ser, mas também na terceira idade”, disse, referindo que no dia 1 de Outubro (Dia Internacional do Idoso) vão apresentar uma peça de teatro intitulada “A Tijela de Madeira” no auditório da biblioteca municipal de Caldas.

A.E.S.

51 - A Professora Francelina de Sousa

-Notícia da Gazeta das Caldas online


Francelina de Sousa, 89 anos, professora primária e uma vida dedicada ao ensino:

-Agora reformada, Francelina recorda com grandes pormenores as vicissitudes de uma carreira que atravessou grande parte do século XX. 

Completa 90 anos no próximo mês de Fevereiro e desde os 20 que é professora primária. A caldense Francelina de Sousa sente saudades de ensinar, pois desde muito nova que sempre quis dar aulas, seguindo o exemplo do seu pai, também professor.
Hoje recorda as escolas por onde passou e conta como se ensinava desde há 50 anos.
Ficou quase ofendida quando o seu pai a questionou se queria ou não continuar a estudar.
Vivia na sua terra natal, Tornada, com a mãe e o pai, que era o professor primário daquela localidade. “Claro que sim, não poderia ser de outra forma”, recorda hoje Francelina de Sousa, que dedicou toda a sua vida ao ensino em várias escolas primárias do concelho caldense.
Ao 10 anos foi para a secção feminina do Instituto Sidónio Pais, em S. Sebastião da Pedreira, Lisboa. Lembra que seriam duas dezenas de raparigas do seu ano e tinha então 20 anos quando foi a estagiar na Escola nº 6 em Lisboa. “Não era uma escola fácil pois recebia alunos do Casal Ventoso…”, contou a docente sobre o começo da sua carreira no início dos anos quarenta. E foi avisada: as novas professoras têm que dar reguadas sempre que os alunos se portem mal.
“Eu mal tinha força e nunca defendi tal método. Só muito raramente o apliquei pois preferi sempre conversar e tentar levá-los de outras formas”, conta.
Quando soube que iria ser colocada no distrito de Setúbal “até me parou o relógio no pulso de tão nervosa que estava”. Custava-lhe ficar tão longe de casa, mas afinal na sua primeira escola só para raparigas – como era habitual - em Abela (Santiago do Cacém) foi muito bem recebida e até lhe tentaram arranjar noivo para que ficasse naquela região.
O problema era o salário: ganhava 500$00 (2,5 euros) e pagava 300$00 (1,5 euros) de alojamento. O resto guardava para comprar as linhas pois nessa altura começou a fazer croché. E assim sendo “era o meu pai que me continuava a pagar para eu me poder vestir, calçar e pagar as viagens pois o meu salário não chegava!”.
Apesar de tudo, guarda boas memórias da sua estadia em terras do Sado até porque “era muito alegre, brincalhona e gostava de cantar com os miúdos”, disse. Organizou uma festa e com a colaboração dos padres das terras, “sempre que era preciso, organizava as aulas da catequese”. Naquele tempo não havia grande diferença entre a Igreja e o Estado. Antes pelo contrário.
Depois de um ano lectivo numa escola na Lourinhã, Francelina de Sousa consegue vir para Tornada, em 1944, para leccionar na escola masculina. “Tomei o lugar do meu pai, entretanto reformado”, contou, acrescentando que, apesar de ter chegado a casa, não acabou o ano lectivo pois “conheci o meu futuro marido e ele queria casar, o que me levou a pedir a exoneração”.
Casou em 1945 em Tornada e veio morar para as Caldas para a Rua Sebastião de Lima. Em 1954, porque as despesas eram muitas, regressa ao ensino e lecciona na cidade durante seis anos, tendo Integrado o quadro de agregados do distrito de Leiria.
À boleia por falta de transporte:
Francelina Sousa passou por escolas na Praça do Peixe e no Bairro da Ponte tendo leccionado em escolas masculinas e femininas.
Entretanto efectivou-se na Foz do Arelho, mas recorda que não era nada fácil a questão dos transportes. Leccionou a rapazes, durante o ano lectivo de 1959/60.
“Havia de manhã uma camioneta, mas à tarde era difícil regressar, muitas vezes vinha de boleia com o peixeiro”, recordou a professora. Depois a escola não tinha alunos suficientes para duas professoras e Francelina de Sousa, como era a mais nova, volta a mudar de estabelecimento, desta vez para o Chão da Parada.
Agora ia de camioneta até Tornada e depois a pé pela ladeira dos Moinhos. “O meu pai sabia o que custava e então estava todos os dias à minha espera, junto à Igreja de Tornada, para me acompanhar à escola”, lembrou. Depois de ter estado um ano naquela escola, Francelina de Sousa concorreu para Salir de Matos. Acabou por leccionar naquela escola durante quatro anos e também se recorda da dificuldade dos transportes. Tinha que ir com colegas pois naquela época já havia algumas mulheres com carta de condução.
Francelina de Sousa é mãe de quatro filhos e quanto à forma como geria o seu tempo, diz que “tinha que ter empregada e o meu marido tinha que fazer muitas vezes as compras”. Isto, apesar do seu esposo também ter uma vida muito ocupada pois era dono de uma empresa de camionagem.
“O meu marido disse-me para concorrer para Salir do Porto pois ao menos tinha comboio”, passando a fazer agora os percursos de uma forma mais descontraída, pois sabia que podia contar com a automotora. “Como o meu marido era empresário, aquelas que eram esposas de funcionários públicos passavam sempre à minha frente”, contou, lamentando não ter conseguido colocação mais cedo nas Caldas da Rainha, pois só em 1974 consegue ficar definitivamente na cidade.
Francelina de Sousa termina a sua carreira na Escola Primária do Bairro dos Arneiros, escola que estreou e onde se reformou aos 70 anos, já no início da década de 90.
Antigos alunos ainda a reconhecem na rua:
Histórias não lhe faltam ao longo da sua carreira. Como a de uma menina repetente no Bairro dos Arneiros que iria chumbar mais um ano. A mãe apareceu-lhe com um grande ramo de flores. “E eu disse-lhe a senhora deve estar enganada e ela explicou-me que eu tinha feito o que ninguém ainda tinha conseguido, que foi colocar a menina a falar”. Francelina de Sousa recorda-se de, apesar de “ser uma menina muito parada”, ela ter feito um grande esforço para a ajudar.
Durante 16 anos leccionou na Escola do Bairro dos Arneiros e deu sempre aulas de manhã, encarando o estabelecimento como uma segunda casa. Chegou mais tarde a ser directora daquela escola.
O que se ensinava então à primeira classe? “A saber ler, escrever, contar e saber também um pouco de História e de Geografia”, resumiu a docente.
Quando foi para Salir do Porto houve um pai que lhe deu uma régua, dessas para aplicar castigos, “mas eu não fazia uso dela”. Lembra-se também do marido refilar com ela pois ficava na escola até às 18h30, ao que Francelina lhe respondia “eu é que sei o trabalho que lá tenho!”.
A professora recorda que era complicado ensinar a todas as classes na mesma sala de aula. Chegou a ter um ano lectivo com 40 alunos no Chão da Parada. No ano seguinte as entidades escolares dividiram a classe, contratando uma nova docente.
Fica contente quando os seus alunos ainda a reconhecem na rua e lembra que gostava de saber o que se encontravam a fazer. E ficava triste sempre que via alunos com capacidade a deixar de estudar.
Ao longo dos anos viu aligeirar-se o programa escolar. “Antes tinha que se decorar muita coisa, mas para o fim já se pedia mais aos alunos para compreenderem a matéria”, disse.
Recorda que não teve grandes motivos para zangas, apenas se lembra que quando foi o 25 de Abril, estava em Salir do Porto, e mandaram as professoras “queimar os livros”.
Os novos centros escolares com tantos alunos são opções que lhe fazem confusão. “Custa-me que tirem as crianças tão novinhas de ao pé das mães”, diz. Acha que muitas passam muito tempo nos transportes e “não vêem as mães ao almoço nem ao lanche”. No entanto, aprecia que as crianças tenham mais condições que auxiliem o processo de aprendizagem.
Durante vários anos Francelina de Sousa não faltava aos jantares anuais de homenagem aos professores, “mas agora deixei de ir pois já não conheço ninguém”. Hoje dedica-se à família, ao croché e vai ao café com as amigas. Vai diariamente à missa e reza, por exemplo, pelos mineiros do Chile presos na mina, situação que a impressiona e, por isso, pede que estes tenham “coragem e força para ultrapassarem a situação”.

Natacha Narciso

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

50 - Francisco Agostinho Artesão Paradense

-Os artesões existentes por esse país fora são uma espécie em vias de extinção, pois há artes que ninguém dos mais novos quer seguir, nem mesmo os filhos daqueles.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

49 - Residência sénior no Chão da Parada

-Notícia da Gazeta das Caldas de 13 de Agosto de 2010

-Investimento de 1,2 milhões de euros em residência sénior no Chão da Parada :

Um espaço moderno e com comodidade para “gozar a sua reforma da melhor forma” é o cartão de visita do Caldas Residence, uma residência sénior, que abriu portas no início do mês de Julho no Chão da Parada.
Com uma decoração acolhedora, onde os tons de verde, laranja e bege transparecem, conferindo a este espaço uma sensação apaziguadora, os utentes desta residência podem usufruir da assistência permanente de auxiliares, da presença a tempo inteiro de uma assistente social, directora técnica, cozinheiro e animadora, assim como a meio tempo de um médico e enfermeiro.
O complexo é dotado de 30 camas, divididas por 10 quartos individuais e 10 quartos duplos, todos com casa de banho privativa, salas de estar, sala de jogos com snooker, gabinete médico, sala de refeições, cozinha, lavandaria, rouparia, biblioteca, capela, quintal e jardim.
A arquitectura deste espaço está adaptada às necessidades de pessoas com distintos graus de dependência, onde se privilegia a autonomia dos utentes, possibilitando simultaneamente a circulação sem obstáculos em todo o edifício.
Paulo Silva e Patrícia Santos, proprietários deste espaço, deram início à sua construção em 2009, num investimento privado que rondou 1,6 milhões de euros, quase todo financiado com recurso ao crédito bancário.
“O nosso objectivo foi criar um espaço com muitas condições, agradável e a um preço acessível, dentro da média”, explicam os proprietários, adiantando que “foi um projecto que iniciámos há seis anos porque tínhamos a noção de que havia a necessidade na zona de um serviço com este tipo de qualidade”.
Tanto Paulo Silva como Patrícia Santos, naturais de São Martinho, eram desenhadores projectistas em Alfeizerão, mas a vontade de fazer algo pelos mais velhos, proporcionando-lhes um espaço onde viverem com boas condições, fez com que abandonassem aquela profissão para se dedicarem a este projecto, a que deram início, antes de o entregarem a colegas arquitectos, que o finalizaram.
O valor por mês na residência sénior, em regime de internato, ronda os mil euros por pessoa, havendo ainda mais de metade das vagas disponíveis para os interessados. “É um espaço que abriu há pouco tempo, pelo que esperamos que a procura aumente. Quem nos visita tem optado logo por reservar e ficar connosco”, refere Paulo Silva.
Patrícia Santos conta que na residência o utente mais novo “tem cerca de 60 anos. Teve problemas de saúde e resolveu ficar aqui onde tem assistência e é acompanhado diariamente. A utente mais velha tem 94 anos”.
Segundo os proprietários, quem quiser, e ainda puder, goza de total autonomia. Como é o caso “do senhor Luís, com 70 anos, que tem o seu carro e vai para Lisboa ter com os filhos quando quer. Faz uma vida autónoma, só que tem este espaço onde vem dormir, comer e onde convive”, referem Paulo Silva e Patrícia Santos.
O Caldas Residence aceita utentes de todos os locais e de todas as idades. “A partir do momento que a pessoa tenha necessidade de recorrer a este serviço, nós aceitamos”, garantem os proprietários, que adiantam que em breve funcionarão também como centro de dia com capacidade para quatro a seis utentes, que poderão ali fazer as refeições, passar o dia e frequentar todas as actividades que forem promovidas.
Paulo Silva e Patrícia Santos contam que na residência os utentes vão também poder fazer visitas ao exterior, que passam pelo simples passeio à zona da praia, à realização de piqueniques, e excursões a locais mais distantes como santuários.
No Caldas Residence, há ainda actividades diárias promovidas pela animadora, como jogos tradicionais, ginástica, trabalhos manuais ou jogos de memória.
Os familiares gozam também de um horário de visita alargado e flexível, onde a única exigência “é o respeito pelas horas de descanso dos utentes”, dizem os proprietários.
O Caldas Residence está sediado na Rua da Cheia, junto à Panificadora do Chão da Parada e o internato ronda os mil euros por pessoa.

Ana Elisa Sousa